sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Dubrovnik (Croácia)

Uma voltinha até ao paraíso 

Recordações de Dubrovnik 
Recordo-me de ser ainda uma adolescente e sonhar, não com Veneza, Paris ou Nova Iorque, mas com a Croácia. 

Os anos foram passando e o meu encanto, especificamente por Dubrovnik, foi aumentando e aumentando... Em 2010, convenci a minha cara metade a fazer uma viagem até Dubrovnik, tinha que perceber se esse tal encanto era real... 

Na altura, partimos com a Easyjet de Roma para Dubrovnik. Recordo-me de fazer um voo curto que custou 50 euros por pessoa (ida e volta).

A chegada a Dubrovnik foi um pouco estranha... um aeroporto pequeno, onde ninguém se perde e tudo se encontra. À saída do aeroporto, vários autocarros esperavam os turistas que ali iam chegando um pouco à toa, pois não há metro e as indicações são escassas... Um motorista chamou por nós, acenando com a mão... todos lhe faziam perguntas em inglês, mas o pobre homem não sabia o que responder e apontava freneticamente para o mapa que trazia consigo, falando na sua língua materna, num monólogo constante...


Onde nos viemos meter, pensei... Lá entramos no autocarro sem saber bem qual seria o nosso destino, que viria a ser o destino de todos. Durante a viagem, por momentos pensei que estava numa daquelas zonas rurais de Portugal, não havia trânsito e poucas pessoas conseguimos ver pelo caminho... Estávamos no meio do nada, até que, de repente, lá estava ele, um postal vivo, uma imagem que jamais conseguirei apagar da minha memória, aquele "marzão", aquela beleza de cortar a respiração... 

Ali estava a pérola do Adriático, como lhe chamou um dia Lord Byron. 



Estivemos uma semana em Dubrovnik, mas são precisos poucos dias para conhecer a cidade. Aparentemente parece-nos um destino exclusivamente de praia, mas não é só...  

Escolhemos o Hotel Neptun (aqui) para passar estes dias. Deixo-vos algumas fotos da vista do quarto (em croata diz-se soba). Nestes casos, aconselho sempre a escolha de um quarto voltado para o mar. Apesar de ficar pouco mais caro, a vista deve compensar ;) 

Ora apreciem a vista desde o quarto, ao pôr do sol.




Era aqui, com esta fantástica vista, que todas as manhãs tomávamos o pequeno-alomço :) 

Em Dubrovnik vários são os hotéis com praia privativa, o nosso não era exceção! 

Na praia não há areia, a menos que visitem a Praia da Cidade onde a areia é importada e a entrada paga :)


O que visitar na cidade?

Podemos começar pela Cidade Velha, considerada Património Mundial da UNESCO desde 1979. Logo na entrada, pela Porta de Pile, encontramos uma figura do padroeiro da cidade, São Brás (Sveti Vlaho), que protege as muralhas que circundam a cidade. 

Entrada para a Cidade Velha
Seguimos em frente e chegamos à zona histórica, o Stradun (ou Placa). Aqui inúmeros cafés, restaurantes, lojas e espaços culturais convidam a uma pausa. Curiosamente, esta zona sobreviveu ao terrível sismo de 1667 (que matou cerca de 5000 pessoas e destruiu parte da cidade) e aos bombardeamentos sérvios de 1991/1992. 

No Stradun, encontramos a Grande Fonte de Onofrio, que teve que ser restaurada depois do cerco de 1991/1992. Hoje, esta fonte dá água aos que por ali passam... e acreditem que no verão precisamos de nos manter bem hidratados nesta cidade quente. 


Fonte de Onofrio
Muitas são as ruas estreitas que encontramos à medida que percorremos a Cidade Velha
Torre do Relógio, do Séc. XV
O porto da cidade
As muralhas da cidade são outro ponto de interesse. Com um extensão ininterrupta de 1940 metros, abrangem toda a cidade. Daqui podemos contemplar fantásticas vistas.

Vamos subir e ver o que podemos apreciar de lá de cima?






O Stradun visto de cima
Lindo, não? 

Aconselho ainda uma visita ao Palácio Sponza, onde se encontra um memorial das vítimas da guerra entre 1991 e 1995; ao Mosteiro franciscano, com a mais antiga farmácia da Europa, de 1316;  à Igreja de S. Brás (barroca); à Catedral, com relíquias de S. Brás, entre as quais o seu crânio com uma coroa de pedras preciosas. 

Informações soltas:

Compras e souvenirs: 

A gravata nasceu na Croácia, por isso podemos encontrar gravatas para todos os gostos em Dubrovnik; as rendas, as bonecas com o traje tradicional e variadíssimas peças de artesanato resultam em excelentes souvenirs.

Há uma loja que os/as amantes de coisas fofinhas, como eu, não podem perder. Procurem pela loja Aqua (aqui), é mesmo sweet!!

Saídas noturnas:

À noite, as pessoas concentram-se nos inúmeros cafés/bares que existem na Cidade Velha. Recordo-me de um bar chamado Latino Club Fuego que estava sempre à pinha e ficava junto da paragem de autocarro, antes da entrada na Porta de Pile.

Gastronomia: 

Por aqui os pratos são de peixe e marisco, muito fresquinhos! Fui bem servida em todos os restaurantes por onde passei, mas destaco dois que me marcaram. Um deles fica imediatamente antes da Torre do Relógio, à esquerda. Chama-se Restaurant Dundo Maroje e é ótimo! O segundo fica no porto da cidade, Lokanda Peskarija, a vista é ótima e a comida também. Espera-se um pouco para conseguir mesa, mas vale a pena! ;)

No geral, a comida é servida com pouco sal e o peixe tem um sabor maravilhoso. Se não gostam de peixe e apreciam comida italiana, o restaurante Mea Culpa é uma boa opção.

Preços: 

Os preços em Dubrovnik não são elevados. Na realidade, o mais caro é mesmo o alojamento, de resto os transportes, alimentação, atrações... pareceu-me tudo muito razoável, ainda que isso seja sempre relativo. 

A moeda é a Kuna (que se divide em lipas) e a língua é o croata. As pessoas não têm propriamente a nossa simpatia... recordo-me de estar num autocarro cheiinho de gente e alguns miúdos estarem sentados, mesmo ao lado dos pais, ocupando propositadamente dois ou três lugares...

Gosto particularmente desta foto :) Ele, no "meio" do Adriático :)



E que mais poderei dizer...?

Ah! O tal encanto, era mesmo real :)

Até breve, aliás, doviDenja! ;)

Um beijinho****

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